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Viajando no tempo - 4ª Página

- Então quer dizer que eu já tinha vindo aqui antes? Mas como eu não vi isto no centro de controle? Se bem que aquele dia... sim, o relógio prateado... mas como??? - John estava pensando muito alto depois de ter lido a carta.
- Sr. Ernest, como eu era quando me encontrou 20 anos atrás?
- Você estava bem mais velho, uns 35 a 40 anos de idade (John, do presente, tinha apenas 25). Usava um cavanhaque, usava uma roupa preta, tinha uma cicatriz na testa...
- E um relógio? Eu estava usando um relógio???
- Deixe-me lembrar... acho que... hmmm... Sim. Usava um relógio no pulso. Um relógio prateado.
- Não é possível. Eu vim do futuro!
João não estava entendendo o porquê de tudo aquilo. Por que ele viria do futuro carregando uma criança e um cetro dourado? Como ele pretendia salvar o universo??? Essas perguntas ficavam martelando a cabeça dele.
- Pai! Pai! - Yasmin abraçava bem forte ... Quem??? John??? Yasmin estava abraçando John e chamando-o de pai.
- Eu? Seu pai? - perguntou John à Yasmin.
- Sim, acreditamos que você seja o pai verdadeiro de Yasmin. Desde pequena que nós contamos a ela como a achamos. Se você é aquele homem que veio aqui anos atrás, você deve ser o pai de Yasmin.
Mas John não conseguia entender como tivera uma filha, já que não podia ter uma esposa. Os 5 controladores do tempo eram impedidos, por ordens expressas do império, de terem relacionamentos amorosos. John não podia ter filhos. Desde que entrara para a cúpula temporal fora esterelizado. John se questionava se no futuro ele tinha achado alguma forma de reverter a sua esterelidade. Mas por que uma filha salvaria o universo?
- Pai, por que não somos parecidos? - perguntou Yasmin a John.
- Yasmin, acho que não sou seu pai. Eu não posso ter filhos.
Mesmo assim, Yasmin não acreditava não ser filha dele. Desde pequena ouvia sobre seu pai e aquele momento a deixou muito feliz.
- Garoto, venha aqui. Vamos te levar a um lugar.
Sairam então os três e entraram no carro estacionado em frente à casa. Após muito tempo trafegando pelo deserto, o carro pára no meio do nada e Sr. Ernest sai do carro, chamando Yasmin e John para fora. Por que pararam ali? - John se perguntava.
De repente, Sr. Ernest se abaixa e puxa o chão de areia, descobrindo um alçapão. Tinha um enorme tapete cobrindo o alçapão. Ali debaixo existia algo. Estavam guardando algo muito importante, pois aquele lugar estava longe de tudo.
Abriram o alçapão e logo embaixo existia uma escada. Desceram os três vagarosamente, por causa da escuridão. Sr. Ernest acendeu um isqueiro que levava no bolso. Chegaram em uma sala enorme. Tinha uma tocha na parede. Sr. Ernest acendeu a tocha que iluminou boa parte da sala.
No centro da sala havia um objeto embrulhado com um pano. Sr. Ernest tirou o pano de cima do objeto. Era o cetro dourado. Agora a sala estava totalmente iluminada.
- Uaauuu! Então este é o cetro? - Perguntou John.

Viajando no tempo - 3ª Página

- Pai, é ele mesmo???
- Sim, Yasmin. Só pode ser...
John, sem entender mais nada do que estava acontecendo, pergunta aos dois:
- Esperando-me???
Neste momento, Yasmin pula em cima de John, abraçando-o e beijando-o a face com uma expressão bastante feliz, deixando-o meio sem graça.
Yasmin era uma linda garota, alta, loira, de olhos claros como o céu, não se parecendo nada com seu pai, que era um senhor de cabelos alvos, pele manchada pelo sol, olhos castanhos escuros. Ela tinha um corpo bem definido, seios fartos, deixando qualquer ser do sexo masculino deslumbrado.
- Você veio! Você veio! - falava Yasmin.
Sr. Ernest, vendo que John estava meio desconfortável com aquela situação começou a explicá-lo:
- Vinte anos atrás, eu estava fugindo, junto com minha esposa, da maior tempestade de areia que já houve em toda a história. Aquela noite era diferente, o céu parecia estar mais claro, mas não havia nenhuma estrela no céu. A lua era nova, mas mesmo assim, o céu iluminava a noite. Mesmo com areia para tudo quanto era lado, dava para ver o clarão vindo do céu. Caminhamos e caminhamos, até chegarmos naquele mesmo lugar onde você apareceu caído. Não estavamos acreditando no que estavamos vendo, uma luz surgiu no meio daquela nuvem de areia e, quando chegamos mais perto, saiu um homem de dentro desta luz. Ele estava ferido, com um cetro de ouro em uma mão e um embrulho de pano na outra. Estava sangrando demais, quando fomos acudí-lo. Foi quando ele disse: "cuide dela, eu voltarei!" e logo depois morreu. O cetro de ouro caiu de suas mãos e quando tocou o chão, brilhou estranhamente, fazendo a tempestade acabar e o céu novemente escurecer. Após isso, ele se tornou luz e desapareceu.
- Como assim, quem era este rapaz? - perguntou John.
- A pergunta mais correta seria, o que tinha naquele embrulho? Tinha, nada a mais nada a menos que uma linda garotinha que cheirava excessivamente a jasmin. Prontamente, minha esposa a pegou nos braços e a levamos para casa. Chegando em casa, percebemos que tinha um envelope junto à garota.
Nesta hora, Yasmin, que tinha ido ao quarto quando o pai começou a falá-lo, volta com um envelope na mão, entregando-o a John, que abre-o e começa a ler:
"Senhor e Senhora Wood,

Sei que vai ser meio difícil para entenderem direito o que está acontecendo, mas precisamos de ajuda para mantermos o controle do universo físico. Sei que podem estar se perguntando como sei seus nomes. Não temam. Sou um viajante do tempo, venho do futuro. De um tempo onde controlamos o fluxo temporal para que haja estabilidade no universo. Esta estabilidade está sendo ameaçada. Passei um tempo assintindo à vida dos dois e percebi que vocês são as pessoas certas para nos ajudar. Deixo com vocês esta linda menina. Sei que não podem ter filhos. Espero que cuidem dela como vossa filha. Não posso explicar mais que isto, mas voltarei em breve.


Grato,
Timer, John"

Viajando no tempo - 2ª Página

- Bem, eu estava sendo caçado pelo segundo esquadrão do Cinturão de Hynk, quando conseguiram me encurralar em Huagah (principal cidade de Mafeth, 2º planeta de mais próximo de Bril, principal estrela do cinturão). Eu sabia que era contra a isso era contra lei, mas não tive outro jeito. Tive que vir para esse tempo. Eles não podem me encontrar aqui.
- Como assim, vir para esse tempo??? Do que você está falando, rapaz?
- Senhor Ernest, eu sou um viajante do tempo. Sei que vai ser difícil entender, mas eu nasci no planeta Gahyus no ano 1.223.
- Senhor John, o senhor está tirando sarro da minha cara? Como pode ter nascido em 1.223, se nós estamos em 2120? Vai me dizer que você veio do passado para este futuro!?
- Não, Senhor. Eu vim do futuro. Nosso calendário está em marcos diferentes. Eu nasci em 1.223 DK. Depois de Krunch. Contamos nosso tempo a partir do momento do nascimento de Krunch, a principal estrela do universo.
- Digamos que eu acredite no senhor, mas por que estavam então te perseguindo?
Neste exato momento, aparece um homem na porta da frente da casa e vai entrando. Era John. Ele entra e fala: - A princesa!
Neste momento, todos olham para o rapaz da porta e tomam um susto! Como pode 2 Johns estarem num mesmo lugar num mesmo momento?
- Quem é você? - grita Sr. Ernest.
- Calma, senhor. Precisei fazer isto, não é John? - fala o John que acabara de entrar.
- Claro que sim. - fala o John que estava sentado, apertando um botão do relógio e sumindo de repente.
- Senhor Ernest, eu viajei agora uns instantes no passado para que o senhor pudesse nos ver juntos e só assim acreditar.
Yasmin que também estava na sala mal conseguia falar. Ela só fazia olhar para o pai e apontar para o quarto.
O pai dela entendera o recado. Ele também estava pensando no mesmo, só que não queria acreditar em tudo aquilo. Então ele vira para John e fala:
- Garoto, estávamos te esperando.

Viajando no tempo - 1ª Página

Uma luz acende no meio do deserto.
Um portal do tempo foi aberto. Mas como isto pode acontecer? Naquele momento era ilegal abrir buracos para aquela Era sem a autorização de Chronus.
Após o portal se abrir, caiu dele um rapaz que estava ferido, John Timer, o primogênito da 5ª geração dos Timers. Ele estava muito ferido e praticamente sem fôlego. Ao cair do portal, este se fechou e John desmaiou.
...Uma luz estranha! - Onde estou??? - perguntou John para si mesmo, meio tonto, não mais reconhecendo o local onde aterrisara.
É lógico que ele não estava reconhecendo. Ele não estava mais no mesmo local onde havia caído do portal. No presente momento, ele estava em uma cama, dentro de um quarto com paredes de madeira e um teto com mais buracos que uma peneira velha.
De repente, uma garota, mais ou menos uns 19 anos, entra no quarto com uma vasilha d'água e um pano.
- Quem é você, garota? - Pergunta John em sua língua (não tenho caracteres suficientes para transcrever).
- Acalme-se senhor, encontramos você ferido no meio do deserto e o trouxemos para cá.
John, sem entender nada do que a garota havia falado mexe em teu relógio, iniciando a sincronização  da linguagem de acordo com o que a menina lhe falara.
- Por fa...vo, fali-mi mais um pôcu pra eu scrinozinar.. meioh. (ele estava arranhando um pouco no vocabulário, devido às poucas palavras que a garota lhe falara).
Sem entender o porque de ele estar falando daquele jeito ela se apresenta e explica-o como foi achado.
- Senhor, eu sou Yasmin. Eu e meu pai o achamos no meio do deserto de Nahaga, quando passavamos para conseguir água. Você estava muito ferido e resolvemos trazê-lo para casa para cuidar de ti. Agora eu preciso que fique quieto para eu lavar suas feridas. Papai quer lhe falar depois.
Com isso, John conseguiu sincronizar, através do banco de dados estelar, a linguagem e o dialeto falado pela menina e assim que ela acabara de limpá-lo, ele fora de encontro ao pai dela.
- Bom dia Senhor...
- Ernest. Ernest Wood. E o senhor, é?
- John Timer. Sou muito grato por me acolher e me ajudar com meus ferimentos.
- Ok, John. E o que o senhor estava fazendo jogado no deserto daquele jeito?